domingo, 12 de dezembro de 2010

Quando Determinadas Questões Devem Ser Aprendidas?

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Há Períodos Críticos No Aprendizado? (1)

Quando Determinadas Questões Devem Ser Ensinadas e Aprendidas?


A influência da sinaptogênese intensa nos primeiros anos da vida sobre o cérebro adulto ainda não é conhecida, mas sabe-se que os adultos tem menor capacidade para aprender certas coisas. Por exemplo quem começa a aprender uma língua forânea a idade adulta, provavelmente sempre terá um "sotaque estrangeiro"; o virtuosismo do aluno adulto que inicia o aprendizado de um instrumento, muito provavelmente, nunca seja igual comparado com uma criança, com a mesma formação musical desde os 5 anos.

Isso significa que há períodos de vida, depois dos quais certas tarefas já não podem ser aprendidas? Ou meramente as tarefas são aprendidas de forma mais devagar ou diferente em diversas etapas da vida?

Durante muito tempo acreditou-se que o cérebro perdia neurônios conforme aumentava a idade; não obstante, os achados das novas tecnologias têm desafiado esta afirmação. Terry e seus colegas mostraram que o número total de neurônios em cada área do córtex cerebral não é dependente da idade, mas isso acontece apenas com o número dos neurônios "grandes". As células nervosas diminuem, o que produz o aumento do número de neurônios pequenos, no entanto o número total de todos os neurônios permanece igual.

Na realidade recentemente foram encontrados que certas partes do cérebro, como o hipocampo, possuem capacidade de gerar novos neurônios durante toda a vida. O hipocampo, entre outras coisas, esta envolvida na memória espacial e nos processos de navegação (Burgess e O'Keefe, 1996).

Uma Pesquisa que compara os motoristas de táxi de Londres com os outros cidadãos elegidos em forma aleatória sugere uma forte relação entre o tamanho relativo e a ativação do hipocampo, assim como uma boa capacidade de navegação; por outro lado, existe uma correlação positiva entre o alargamento do córtex cerebral auditivo e o desenvolvimento do talento musical; há crescimento de áreas motoras do cérebro após um treino intenso de movimentos dos dedos. Neste último caso, as mudanças na configuração da rede de neurônios ligados à aprendizagem pode ser medida usando imagens do cérebro a partir do quinto dia de treinamento, ou seja, após um período muito breve de aprendizagem.

Os processos que remodelam o cérebro - sinaptogênese neuronal, poda, desenvolvimento e alteração - são agrupados sob o mesmo termo: "Plasticidade Cerebral". Numerosos estudos têm demonstrado que o cérebro permaneceu plástico ao longo da vida, tanto em termos de número total de neurônios como das sinapses.

"Understanding the Brain", The Birth of a Learning Science, 2007, page 112

domingo, 7 de novembro de 2010

Tudo é Decidido Dentro Dos Três Primeiros Anos?

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Não Há Tempo a perder!
1er Neuromito: "Tudo O Que é Importante Sobre O Cérebro é Decidido Dentro Dos Três Primeiros Anos"

Se você digita em seu computador as palavras-chave “Do Nascimento Até os Três Anos" em um motor de busca, recebe um número impressionante de web sites, explicando que para seu filho os três primeiros anos são cruciais em seu desenvolvimento futuro e que praticamente tudo é decidido nesta idade. Você também vai encontrar muitos produtos comerciais, preparados para estimular a inteligência de seu menino, antes de chegar a essa idade limite.



Alguns fenômenos fisiológicos que ocorrem durante o desenvolvimento do cérebro podem, de fato, levar a crença de que as fases críticas da aprendizagem ocorrem entre o nascimento e os três anos de idade. Mas esta afirmação pode ser facilmente exagerada e distorcida. Ela recebe status mítico, quando é usado em demasia pelos formuladores de políticas educativas, educadores, fabricantes de brinquedos, e os progenitores. Os pais oprimem a seus filhos com ginástica para recém-nascidos, y os estimulam com música em gravadores e leitores de CD perto da cama do bebê. Sem embargo, Quais são os fenômenos fisiológicos que as pesquisas hão revelado y que são importantes na persistencia desta crença?




O componente básico de processamento de informações no cérebro é a célula nervosa ou neurônio. Um cérebro humano contém cerca de 100 bilhões de neurônios.

Cada um pode ser conectado com milhares de outros, o que permite que a informação nervosa circule em forma intensa e em várias direções ao mesmo tempo. Através das conexões entre os neurônios (sinapses), os impulsos nervosos viajam de uma célula para outra servindo para o desenvolvimento de competências e apoiando a capacidade de aprendizagem. O aprendizado é a criação de novas sinapses, com o fortalecimento ou enfraquecimento das sinapses existentes.

Em comparação a um adulto, o número de sinapses em recém-nascidos é baixo. Após dois meses de crescimento, a densidade sináptica do cérebro aumenta exponencialmente e ultrapassa a de um adulto (com um pico em dez meses). Então se produz um declínio constante até a idade de 10 anos, quando o “número das sinapses do adulto” é atingido. Ocorre depois uma relativa estabilização. O processo pelo qual as sinapses são produzidas em massa é chamado sinaptogênese. O processo pelo qual as sinapses declinam é referido como a poda. Todo isto é um mecanismo natural e necessário para o crescimento e desenvolvimento.


A ciência, durante muito tempo, acreditava que a número máximo de neurônios era fixado no nascimento, ao contrário da maioria outras células, não se pensava que os neurônios se regenerem, e que as pessoas vão a perder neurônios regularmente. Da mesma forma, após uma lesão do cérebro, a destruição das células nervosas não seria substituída. Nos últimos vinte anos, os resultados mudaram essa visão, revelando até então insuspeitos fenômenos: novos neurônios podem aparecer em qualquer momento da vida de uma pessoa (neurogênese) e, em alguns casos, o número de neurônios (pelo menos) não flutua.



Dito isto, a sinaptogênese é intensa nos anos iniciais da vida de um ser humano. Se a aprendizagem fosse determinada pela criação de novas sinapses - uma idéia intuitivamente atraente - há um pequeno passo para deduzir que é nos primeiros anos de uma criança é quando o/a menino(a) é mais capaz de aprender. Outra versão, mais atual na Europa, é a visão que as crianças muito jovens devem ser estimuladas constantemente em seus primeiros dois a três anos, a fim de reforçar as suas capacidades de aprendizagem para a vida subseqüente. Na verdade, estas afirmações vão além da evidência científica real.




Um experimento conduzido há vinte anos pode, no entanto, alimenta este mito. O estudo de laboratório com roedores mostrou que a densidade sináptica pode aumentar quando os ratos foram colocados em um ambiente complexo, definido no presente caso, como uma gaiola com outros roedores e diversos objetos para explorar. Quando esses animais foram posteriormente testados em um labirinto da aprendizagem, tiveram um desempenho melhor e mais rápido do que outros ratos que pertencem a um grupo controle e que vivem em "pobres" ou "isolados" ambientes (Diamond, 2001). A conclusão foi que os ratos que vivem em entorno "enriquecido" tiveram aumento da densidade sináptica e tem, portanto, mais capacidade para executar a tarefa de aprender.



Os elementos estavam no local certo para criar um mito: uma grande experiência, bastante fácil de entender, mesmo de difícil realização, e os resultados desse projeto de acordo com o esperado.



No entanto, O experimento ocorreu num laboratório em condições altamente artificiais. E ainda mais foi realizado em roedores. Os não-especialistas apoiaram que os dados experimentais em ratos, obtidos com precisão científica inquestionável, combinado com as idéias atuais sobre o desenvolvimento humano se pode concluir que a intervenção educativa, para ser mais eficaz, deve ser coordenada com a sinaptogênese.

Como alternativa, eles sugeriram que, ambientes "enriquecidos" salvam as sinapses da poda durante a infância, ou até mesmo criam novas sinapses, e como resultado desta ação contribuem com aumento da inteligência e maior capacidade de aprendizagem. Este é um caso de utilização de fatos dum estudo válido para ser extrapolado até conclusões que vão muito além da evidência original.

Os limites e as lições deste caso são bastante claros. Há poucos dados neurocientíficos em humanos sobre a relação preditiva entre a densidade sináptica no início da vida e o melhoramento da capacidade de aprendizagem. Da mesma forma, há poucos dados disponíveis sobre a relação preditiva entre a densidade sináptica em crianças e adultos. Não há nenhuma evidência direta da neurociência, tanto para animais ou seres humanos, que liga a densidade sináptica adulto com uma maior capacidade de aprendizagem. Tudo isso não significa que a plasticidade do cérebro, e sinaptogênese em especial, não poderia ter alguma relação com a aprendizagem; não obstante, com a força da evidência disponível, as suposições feitas na identificação de um papel tão determinante entre o nascimento e os três anos no desenvolvimento cerebral não pode ser sustentado.




Para maior informação, o leitor deve consultar o livro de John Bruer “The Myth of the First Three Years” (2000). Ele foi o primeiro que sistematicamente questionou este mito, que lhe apresentou como "enraizado em nossas crenças culturais sobre as crianças e a infância, em nosso fascínio pelo mente-cérebro, e em nossa necessidade constante de encontrar respostas tranqüilizadoras para perguntas inquietantes”

Bruer remonta-se ao século 18 para encontrar sua origem: nessa época já se acreditava que a educação da mãe era a força mais poderosa para mapear a vida e o destino de uma criança; filhos bem sucedidos foram aqueles que tinham interagido "bem" com sua família. Ele (Bruer) elimina um por um os mitos com base em interpretações defeituosas de sinaptogênese que se produz cedo.

"Understanding the Brain", The Birth of a Learning Science, 2007, pages 111 - 112

domingo, 17 de outubro de 2010

O que é um "Neuromito"?

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O que é um "Neuromito"?

A ciência avança através da tentativa e o erro. As teorias são construídas com base na observação de fenômenos e outros testes vêm a confirmar ou modificar ou refutar dita hipótese: alguma outra teoria complementa ou contradisse a anterior, é então já criada dita teoria o processo continua.

Este avanço da ciência acidentado é inevitável, mas tem seus inconvenientes. Uma delas é que as hipóteses que têm sido anulados. Sim embargo, estes deixam vestígios, e se estes se apoderaram da imaginação do público geral, e estes "mitos" se enraízam. Essas crenças podem ter sido descartadas pela ciência, mas revelar-se teimosamente persistente e são transmitidas através de vários meios de comunicação na mente do público.



A neurociência é inevitavelmente afetada por este fenômeno. Algumas expressões no idioma Inglês confirmá-lo: por exemplo, "O sentido do número", resulta da investigação dum anatomista e fisiologista alemão, Franz Joseph Gall (1758-1828). Ao examinar as cabeças dos criminosos vivos condenados e dissecar o cérebro dos malandros falecidos, estabeleceu a teoria da “Frenologia” de Gall: de acordo com ela uma habilidade particular produziria uma excrescência no cérebro que empurrava os ossos e alterava a forma do crânio. Gall se gabava do que ao sentir a cabeça, ele pudesse identificar ao criminoso e ao homem honesto; assim como uma pessoa boa para a matemática ou para a literatura.

A Frenologia tem sido superada, e caiu no desacredito. Sim dúvida, determinadas áreas do cérebro são mais especializadas do que outras para certas funções. Mas, ao contrário das regiões que Gall pensava que ele tinha identificado, estas são questões de especialidades funcionais (como a formação de imagem, produção de texto, sensibilidade tátil, etc.) e não de características como a bondade moral combatividade, etc.




A própria ciência não é a única responsável pelo surgimento de tais mitos. É muitas vezes difícil de compreender todas as sutilezas das conclusões de um estudo, ainda mais seus detalhes metodológicos e protocolos. No entanto, a natureza humana é muitas vezes não contenta com isso - mesmo se deleita – com rápidas, simples e inequívocas explicações. Isso inevitavelmente leva a interpretações defeituosas, extrapolações questionáveis, e, mais geralmente, a gênese de idéias falsas.

Nas próximas entregas, Nós vamos examina um por um os principais mitos pertencentes à neurociência, com particular atenção para aqueles mais relevantes nos métodos de aprendizagem. Para cada mito, se faz um olhar histórico, que irá explicar como a idéia pegou e, em seguida, o estado atual da investigação científica sobre o assunto será revisto. Ironicamente, alguns mitos têm sido benéficos para a educação na medida em que prestam "uma justificativa" para a variedade. Mas, principalmente o que eles trazem são conseqüências lamentáveis e devem ser dissipadas.

"Understanding the Brain", The Birth of a Learning Science, 2007, page 110

Ler Clarificando os "Neuromitos" neste blog a jeito de introdução.

sábado, 18 de setembro de 2010

"Leitura em um Ambiente Bilingüe"

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Os Possíveis Efeitos do Ambiente Bilíngüe Para Aprender a Ler
"Leitura em um Ambiente Bilingüe"

Aprender duas ou mais línguas é um investimento cognitivo extra-ordinariamente complicado para as crianças, este aprendizado representa uma realidade crescente para um número enorme de estudantes. Alguns custos iniciais, como a transferência de erros e substituições de uma língua para outra, são menos importantes que as vantagens, se (Um muito importante "se") a criança aprende cada idioma bem.



A plasticidade do jovem cérebro das crianças pequenas faz possível alcançar - com menos esforço do que em qualquer outro momento - proficiência em mais dum idioma. Após a puberdade, os estudantes trazem algumas vantagens para a aprendizagem das línguas, mas o cérebro da criança mais nova é superior em vários aspectos importantes quando se trata de aprender a falar línguas sem sotaque.

Examinar as muitas questões que rodam em torno ao bilingüismo e a aprendizagem pode ser confuso e trocar rapidamente, mas está dominada por três princípios:



Em primeiro lugar, os alunos que aprendem língua inglesa e que conhecem o conceito da palavra em sua primeira língua, aprendem a usá-lo mais facilmente em Inglês, sua segunda língua, da "escola". Em outras palavras, o enriquecimento em casa da linguagem fornece essenciais ferramentas cognitivas e fundamentos lingüísticos para qualquer tipo de aprendizado, e não precisa ser na língua da escola para que seja de ajuda para a criança. Por outro lado, as crianças que têm um ambiente pobre em casa para a linguagem, não têm fundamentos cognitivos ou lingüísticos para aprender sua primeira ou a segunda língua na escola.



O segundo princípio é semelhante ao primeiro. Um pouco mais importante para aprender a ler Inglês que para a qualidade do desenvolvimento em idioma Inglês. Milhares de crianças entram na escola com diferentes graus de conhecimento do Inglês. Esforços sistemáticos para ensinar tanto os "novos" fonemas do idioma Inglês e o novo vocabulário da escola (e livros) devem acontecer em cada sala de aula para cada aluno. Connie Juel aponta uma questão lingüística essencial facilmente despercebida pelos professores nos Estados Unidos de Norte America: As crianças que vêm para a escola e são novos para o idioma Inglês ou novos para o dialeto padrão americano Inglês falado na escola desconhecem vários dos fonemas que se espera que produzam (ou induzem) na leitura. Durante cinco anos, eles "aprendem a ignorar ouvir grande parte de sua própria pronunciação".



O terceiro principio é respeito à idade em que as crianças se tornam bilíngües: quanto mais cedo melhor para seu desenvolvimento oral e escrito da linguagem. A neurocientista Laura-Ann Petitto de Darmouth e seus colegas descobriram que a exposição bilíngüe precoce (antes dos três anos de idade) tivera um efeito positivo com a linguagem e leitura comparáveis às dos monolíngües. Além disso, em estudos de imagens neurológicas funcionais de adultos que tinham sido bilíngüe em forma precoce, o grupo de Petitto demonstrou que tinham as áreas de suas regiões cerebrais para as duas línguas sobrepostas, como o cérebro dos monolíngües. Em contrapartida, os adultos bilíngües que haviam sido expostos mais tarde para uma segunda língua, mostraram um padrão diferente, mais bilateral da ativação cerebral.



O aprendizado da Leitura não acontece em forma espontânea. Nem uma palavra, um conceito, ou uma rotina social é desperdiçada nos 2000 dias que se preparou o cérebro da criança para usar todas as peças que entram em desenvolvimento da aquisição da leitura. Está tudo lá, desde o início - ou não - com conseqüências para o resto do desenvolvimento das crianças na leitura, e para o resto de suas vidas.

"Proust and the Squid", The Story and Science of the Reading Brain, Maryanne Wolf, 2007, pages 105 - 106



quinta-feira, 26 de agosto de 2010

A Inteligência Está Mudando

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A Inteligência Está Mudando

Comentário Pessoal

Existe Somente Dois ou Três, ou Oito Tipos de inteligências?

Eu não penso assim ...

Porque como "Fiódor Dostoiévski", disse: Não vamos esquecer que as causas das ações humanas geralmente são infinitamente mais complexas do que nossas explicações posteriores delas.

Para mim, afirmar que só temos oito tipos de inteligência é semelhante a disser: "O hemisfério esquerdo do nosso cérebro unicamente funciona com o inconsciente, e nosso hemisfério direito unicamente funciona com o consciente”.




Em minha opinião: Há tantos tipos de inteligência como existem pessoas em nosso planeta. Além disso, o desempenho de nossa inteligência muda durante o dia (manhã, tarde, noite); ainda mais, troca com os meses e anos, de acordo com nossa situação pessoal e experiência de vida.





Devemos lembrar a evidência de que nosso desempenho e comportamento na tarefa educativa podem ser severamente afetados por a maneira como nos sentimos quando somos vistos e julgados pelos outros(*).

No entanto, estas teorias são realmente úteis para melhorar o desempenho acadêmico nossa velocidade de aprendizado. Por quê?

Por que ...

Se os pais e os professores dão aos seus meninos um ambiente de tolerância e interesse real, os alunos iram dar o seu melhor desempenho. Então leia, aumente seu conhecimento sobre estas teorias da inteligência, pense nelas; e o mais importante praticá-las, com sinceridade e amor(*2), é melhor para todos.






(*) A Desigualdade De Oportunidades Na Aprendizagem

Em 2004, os economistas do Banco Mundial Karla Hoff e Priyanka Pandey relataram os resultados de uma experiência notável. Eles levaram o estudo em meninos entre os 11-12 anos de idade, de aldeias rurais espalhadas na Índia; 321 castas de alta e 321 de casta baixa, e definir-lhes a tarefa de resolver labirintos.

Primeiro, os rapazes fizeram os labirintos sem ter conhecimento de suas respectivas castas. Sob esta condição os meninos de baixa casta fizeram tão bem com os labirintos como os meninos de alta casta, na verdade um pouco melhor.
Logo, o experimento foi repetido, mas desta vez cada menino foi convidado a realizar um anúncio de seu nome, aldeia, pai, avô, e sua casta. Após deste anúncio público da casta, os meninos fizeram labirintos outra vez mais, e desta vez - O desempenho dos meninos de baixa casta caiu significativamente.

Esta é uma evidência impressionante que o desempenho e o comportamento frente a uma tarefa educativa podem ser profundamente afetados pela maneira como nos sentimos e somos vistos e julgados pelos outros. Quando nós esperamos ser visto como inferiores, nossas habilidades podem ser diminuídas.

“The Spirit Level”, Why Equality is Better for Everyone, By Richard Wilkinson and Kate Picket, 2009, page 113




(* 2) O Ensino Baseado No Amor Sincero é:
- Visão, para ver o talento, potencial e a dignidade de cada pessoa;
- Coragem, paixão e compromisso para desencadear esse potencial; e
- Lealdade resultante do apoio mútuo, para dinamizar e unir equipes de ensino.

“Liderazgo Al Estilo De Los Jesuitas”, Las Mejores Prácticas de Una Compañía de 450 años que cambió el Mundo, por Chris Lowney, 2003, página 200

terça-feira, 27 de julho de 2010

Temos "Inteligência Emocional"?

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Existem Diferentes Tipos De Inteligência? (3)
Temos "Inteligência Emocional"?

Uma terceira teoria que desafia o concepto de “Coeficiente de Inteligência” (“QI") é a "Inteligência Emocional" ("EQ"), popularizado pelo psicólogo e jornalista cientifico Daniel Goleman. Em seu best-seller de 1995, "Inteligência Emocional: Porque pode importar mais do que QI?". Goleman afirma que as emoções duma pessoa jogam um papel significativo no pensamento, na tomada de decisões e sucesso no futuro. Ele define essa forma de inteligência como um conjunto de habilidades que incluem o controle dos impulsos, auto-motivação, empatia, e a capacidade de se relacionar bem com as outras pessoas.



Goleman defende que a auto-consciência, é a chave para ser verdadeiramente inteligente emocionalmente, porque permitem a pessoa exercer auto-controle. Com suficiente auto-consciência, é possível desenvolver diversos mecanismos de enfrentamento que permitem a pessoa passar dum estado emocional negativo para um mais positivo. Por exemplo: contar até dez como meio para diminuir a sensação de raiva súbita.



Tal como acontece com a teoria Garner das inteligências múltiplas, o conceito de Goleman o “EQ” tem sido adotado por várias escolas nos Estados Unidos, e usá-lo para desenvolver programas de "Alfabetização Emocional", com o fim de ajudar aos alunos a aprender a controlar sua raiva, frustração e solidão. As crianças que estão irritadas ou deprimidas são capazes de aprender bem; e aqueles com dificuldades emocionais de longa duração são capazes de superá-las por completo. La Melhora da estima e auto-motivação dos alunos ajuda-os a um melhor desempenho nos exames.



Como o “IQ”, cada uma dessas concepções alternativas de inteligência tem sido criticado. Os críticos da teoria das “Inteligências Múltiplas", por exemplo, apontam a falta de evidências empíricas que a sustentam.



Os críticos do conceito de “EQ” argumentam que elas são medidas de conformidade e não de habilidade: Quem, a final, pode dizer quando a raiva ou tristeza (ou outra emoção) duma pessoa é ou não é adequada para uma situação particular? Os cépticos do “EQ” também apontam que os estudos científicos não encontraram uma relação convincente entre auto-estima elevada um melhor desempenho acadêmico.



Embora tais críticas sejam consistentes, creio que há um valor considerável em considerar a inteligência humana como formas que nos permitem apreciar a enorme diversidade como as pessoas pensam e se comportam.

"EMBRACING THE WIDE SKY", A Tour Across The Horizons of The Human Mind, Daniel Tammet, 2009, pages 51 - 52

sábado, 17 de julho de 2010

Temos "Inteligências Múltiplas"?

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Existem Diferentes Tipos De Inteligência? (2)
Temos "Inteligências Múltiplas"?

Como Sternberg, Howard Gardner, professor de educação na Universidade de Harvard, acredita que há mais dum tipo de inteligência - Oito, para ser preciso - com cada pessoa com uma combinação única de cada uma delas. Sua teoria das “Inteligências Múltiplas" foi feita famosa por seu livro "Frames of Mind" publicado pela primeira vez em 1983. Usando uma série de critérios, incluindo a história do desenvolvimento, a plausibilidade evolutiva, e tendo como suporte provas psicológicas experimentais, Gardner identificou oito inteligências diferentes:



Inteligência Lingüística: Envolve a linguagem oral e escrita, a habilidade de aprender línguas e a capacidade de usar a linguagem para atingir certos objetivos. Exemplos: escritores, poetas, advogados e conferencistas.



Inteligência Lógico-Matemática: Capacidade de analisar problemas, realizar operações matemáticas e investigar as questões cientificamente. Exemplos: cientistas, engenheiros e matemáticos.



Inteligência Musical: Habilidade no desempenho, composição e apreciação de padrões musicais. Os músicos de todos os tipos são exemplos óbvios dessa inteligência.



Inteligência Corporal-Cinestésica: Capacidade para utilização de partes ou do todo o corpo para resolver problemas. Exemplos: atletas, atores e bailarinos.



Inteligência Espacial: Inclui ter um bom senso de direção, também como a capacidade de visualizar mentalmente e manipular objetos. Exemplos: artistas, arquitetos e engenheiros.



Inteligência interpessoal: Capacidade de compreender os sentimentos, intenções e motivações de outras pessoas. Exemplos: vendedores, políticos e terapeutas.



Inteligência intrapessoal: Capacidade de compreender a si mesmo, seus sentimentos, objetivos e motivação: Exemplos: filósofos, psicólogos e teólogos.




Inteligência Naturalista:
Capacidade de reconhecer a certas características do ambiente, habilidade para cultivar coisas novas, e ter uma facilidade para interagir com os animais. Exemplos: agricultores, jardineiros e conservacionistas.

Muitos educadores nos Estados Unidos, que adotaram a teoria de Gardner de “Inteligências Múltiplas” para utilizar-la em suas escolas reportam: melhoria em dos resultados dos exames, as participações dos pais, e mais disciplina em sala de aula.

Um estudo liderado pela Universidade de Harvard em quarenta e um centros de ensino apóia a dita teoria; e reportam que nessas escolas houve "uma cultura de trabalho árduo, respeito e carinho; faculdade para colaborar e aprender uns com os outros; salas de aula onde os alunos eram envolvidos a fazer escolhas limitadas pero significativas; e um hábil enfoque em capacitar os alunos a nosso cargo a produzir trabalhos de alta qualidade”

"EMBRACING THE WIDE SKY", A Tour Across The Horizons of The Human Mind, Daniel Tammet, 2009, page 50