sábado, 26 de setembro de 2009

O Cérebro e o Encontro de Diferentes Culturas

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O Cérebro e o Encontro de Diferentes Culturas

Bruce Wexler explora as implicações sociais da estreita e cambiante relação neurobiológica entre o indivíduo e seu meio ambiente; com especial atenção para os indivíduos que enfrentam dificuldades na vida adulta, quando as mudanças no ambiente ficam além de sua capacidade para manter o ajuste existente entre a estrutura interna e a realidade externa.

Estas dificuldades são evidentes em:
  • O Luto.
  • O encontro de culturas diferentes (a experiência dos imigrantes).
  • O fenômeno da violência inter-étnica.

A experiência dos imigrantes:
A chave destas dificuldades vem da experiência dos migrantes com a nova cultura, em a qual de repente se vêem em um ambiente que não corresponde à estrutura interna modelada no ambiente de criação, na sua terra natal.

Uma resposta comum é recriar um microcosmo de sua cultura natal em sua casa e círculos de amizade. Não obstante a tarefa, como o luto não é simples; é difícil e prolongado reformular a estrutura interna para coincidir com o novo ambiente cultural geral do sitio onde migrou.

Os filhos de famílias imigrantes são mais bem sucedidos do que seus pais para as transformações internas necessárias, muitas vezes levando a diferenças, e a um aumento da problemática entre os pais migrantes e seus filhos.

"Brain And Culture", Neurobiology, Ideology, And Social Change, Bruce E. Wexl, 2006, pages 8 - 9

sábado, 12 de setembro de 2009

O Cerebro Está Influenciado Pela Alfabetização (2)


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O Desenvolvimento Cerebral Está Influenciado Pela Alfabetização (2)

A rota direta para ter acceso ao significado sem a pronuncia das palavras, provávelmente seja menos crítico em línguas com ortografias menos complicadas, como o italiano, do que naquelas com ortografias complexas, como o Inglês.

As pesquisas do cérebro suportam a hipótese de que as rutas cerebrais envolvidas diferem de acordo com a complexidad da estrutura ortográfica.

A “Área Visual da Forma da Palavra" (AVFP occipital-temporal) implicada na identificação do significados das palavras, está baseada em propriedades não-fonológicas das mesmas nos falantes de língua Inglesa, aquela zona parece ser menos crítica para os falantes de Italiano (Paulesu e colaboradores, 2001a).

De fato, os resultados preliminares sugerem que o cérebro do italiano falantes nativos emprega uma estratégia mais eficiente quando a leitura do texto do que os de lingua inglesa.

Notavelmente, esta estratégia é usada, mesmo quando os falantes nativos do Italiano leem em Inglês, sugerindo que os circuitos cerebrais subjacentes à leitura dos italiano falantes se desenvolve de maneira diferente do que os subjacente a leitura dos Inglês nativos.

"Understanding the Brain", The Birth of a Learning Science, 2007, page 88

sábado, 5 de setembro de 2009

O Cerebro Está Influenciado Pela Alfabetização (1)

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O Desenvolvimento Cerebral Está Influenciado Pela Alfabetização (1)

Embora grande parte dos circuitos neurais subjacentes a leitura são os mesmos para as diversas línguas, também existem algumas diferenças importantes.

Um tema central sobre o cérebro e a leitura é a forma que a alfabetização é criada, através da colonização das estruturas do cérebro; incluindo as especializadas para a língua e aquelas que são mais adequadas para outras funções.

As operações que são comuns a fala e a palavra impressa, como a semântica, sintaxe, e memória de trabalho recrutam estruturas cerebrais que são especializadas na língua, e são a base biológica comum para todos os idiomas.

Há restrições biológicas as quais determinam às estruturas cerebrais que são mais adequadas para assumir outras funções de apoio a alfabetização. Portanto, muitos circuitos da leitura são compartilhados pelas diferentes línguas.

Mesmo assim, a alfabetização em diversas línguas, às vezes, exige funções distintas, tais como diferente decodificação e variadas estratégias para o reconhecimento das palavras.

Nestes casos, estruturas cerebrais distintas são muitas vezes postas em jogo para apoiar estes aspectos da leitura que são distintivos destas línguas em particular.


Portanto, a teoria da "via dupla" da leitura, que foi desenvolvida principalmente com base em pesquisas com falantes de inglês, pode exigir alguma modificação para descrever a leitura em idiomas com ortografia e características ortográficas menos complexas; porque está (a ortografia) é apenas parcialmente relevante para línguas não-alfabéticas.

"Understanding the Brain", The Birth of a Learning Science, 2007, page 88