sábado, 15 de agosto de 2009

A Teoria da " Via Dupla" da Leitura

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A Teoria da "Via Dupla" da Leitura

O mais completo e bem-suportado modelo para a leitura, até à data de hoje é a teoria da "Via Dupla" (Jobard, Crivello e Tzourio-Mazoyer, 2003). Esta teoria fornece um quadro para descrever o que acontece no cérebro com a leitura, ao nível da palavra.

Quando você olha as palavras desta página, esse estímulo é primeiro processado pelo córtex visual primário. Em seguida, o pré-processamento lexical ocorre na junção occipito-temporal esquerda.

A teoria da dupla via postula que o processamento, segue uma de duas vias complementares. O percurso montado envolve uma etapa intermédia de conversão grafológica e fonológica - converter letras e/ou palavras em sons - o que ocorre em certas áreas como a temporal esquerda e frontal, incluindo a área de Broca.

O percurso destinatário consiste duma transferência direta das informações a partir do pré-processamento a seu significado lexical (semântica do acesso). Ambos dos percursos terminam na área temporal basal esquerda, o giro frontal esquerdo interior, e o giro meio posterior esquerdo ou área de Wernicke.

O percurso que envolve o acesso direto ao significado levou à proposta que existe uma "Área Visual da Forma da Palavra" (AVFP) na parte ventral do cruzamento entre o lóbulo occipital e o temporal. Esta área foi proposta pela vez primeira para conter um léxico visual ou uma coleção de palavras que funcionam imediatamente, identificanado as palavras quando elas são vistas.

Investigações recentes têm sugerido uma modificação desta conclusão, que esta região pode na realidade, consistir duma constelação de zonas adjacentes sensíveis aos diferentes aspectos das cadeias de letras, tais como comprimento ou ordem de palavras. Todo o processo desde o processamento visual (ver) até a recuperação semântica (compreensão) ocorre muito rapidamente, em cerca de 600 milissegundos.

"Understanding the Brain", The Birth of a Learning Science, 2007, page 87

sábado, 1 de agosto de 2009

A Alfabetização Está Sendo Construída "Na Cima da Linguagem”

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A Alfabetização Está Sendo Construída "Na Cima da Linguagem”

Embora o cérebro não esteja biologicamente inclinado a adquirir a alfabetização, está naturalmente preparado para se adaptar à experiência. Por exemplo, posse os circuitos capazes do processamento da entrada visual para a linguagem escrita.

A plasticidade do cérebro é a capacidade de se adaptar aos estímulos provenientes da experiência, como a capacidade de utilizar as estruturas neurais da linguagem falada para a construção dos circuitos capazes de apoiar a alfabetização. Isso é muitas vezes é expresso como: a alfabetização está sendo construída “na cima da língua”. Em termos de Vygotsky da clássica metáfora, as estruturas da língua falada fornecer andaimes para que a leitura y escritura seja construída no cérebro (Vygotsky, 1978).

Toda vez que a alfabetização está construída, em parte, com os circuitos da língua falada, as pesquisas futuras devem investigar a possibilidade de períodos sensíveis em relação a determinados aspectos de aquisição da língua falada que influenciam a facilidade com que os diferentes aspectos da leitura são adquiridos.

Se tais influências foram identificadas, isso teria implicações para as políticas e práticas educativas em relação ao calendário para o ensino das diferentes habilidades da alfabetização; e poderia muito bem reforçar a importância do desenvolvimento de competências de pré-alfabetização na primeira infância.

As investigações destinadas a delinear as áreas corticais de apoio a leitura se estão rapidamente acumulando. A explicação mais completa e bem-suportada de modelo de leitura, até à data é a teoria da "via dupla" (Jobard, Crivello e Tzourio-Mazoyer, 2003).

"Understanding the Brain", The Birth of a Learning Science, 2007, page 87