sábado, 18 de fevereiro de 2012

As Crianças Só Aprendem "Bem" Uma Língua? (4)


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As Crianças Só Aprendem "Bem" Uma Língua? (4)

A Educação Multilíngüe Leva ao Desenvolvimento Infantil

O mito que se tem primeiro que falar bem a língua nativa antes de aprender uma segunda língua há sido contrariado pelos estudos que mostraram que as crianças que dominam duas línguas compreendem as estruturas de cada língua melhor e as aplicam de uma forma mais consciente.


Portanto, fomentar o multilinguismo ajuda a promover outras competências relacionadas à linguagem. Estes efeitos positivos são mais claros quando a segunda língua é adquirida cedo, em conclução uma educação multilíngüe Não Leva a um atraso no desenvolvimento.
Às vezes, as crianças muito jovens podem confundir as línguas, mas a menos que haja um defeito na aquisição (tais como a pobre diferenciação dos sons), esse fenômeno desaparece depois.




As teorias sobre o bilinguismo e o plurilinguismo particularmente têm sido baseadas em teorias cognitivas. Os futuros programas escolares para a aprendizagem de línguas devem se basear em exemplos bem sucedidos de práticas de ensino; estar informados das pesquisas sobre o cérebro, atuais ou futuras, e das idades favoráveis ​​para aprendizagem de línguas (Períodos Sensíveis).

"Understanding the Brain", The Birth of a Learning Science, 2007, page 118

domingo, 29 de janeiro de 2012

As Crianças Só Aprendem "Bem" Uma Língua? (3)

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As Crianças Só Aprendem "Bem" Uma Língua? (3)
"O Conhecimento Adquirido em uma Linguagem Não é Acessível ou Transferível Para Outro Idioma"

Estudos recentes revelaram sobreposição das áreas de linguagem do cérebro em pessoas que têm mestria de mais de um idioma. Este argumento poderia ser distorcido em favor do mito de que o cérebro tem apenas um "Espaço Limitado", em qual armazena informações relativas à linguagem. Outros estudos em pessoas bilíngües têm demonstrado a ativação de áreas distintas de alguns milímetros de diferença, quando descreveram o que ditas pessoas fizeram naquele dia, primeiro em sua língua nativa, e logo ao descrever o mesmo na língua aprendida muito mais tarde (Kim, 1997).

Portanto, A questão de quais são as "áreas de linguagem" em indivíduos multilingues, não foi ainda resolvida. Mas desta duvida, é errado afirmar que o comando forte de uma língua nativa é enfraquecida quando uma segunda língua é aprendida. Os abundantes exemplos de especialistas multilingues são a prova viva de que isso não é assim. Os alunos que aprendem uma língua estrangeira na escola não enfraquecem sua língua nativa, senão que fortalecem ambas línguas.




"O conhecimento adquirido em uma linguagem não é acessível ou transferível para outro idioma" é outro Mito e um dos mais vai contra a intuição. Qualquer pessoa que aprende um conceito difícil em uma língua - a evolução, por exemplo - pode entendê o conceito em outro idioma. Se houver incapacidade de explicar o conceito na segunda língua, é devido a uma falta de vocabulário, e não uma diminuição de conhecimento.

Os Experimentos descobriram que quanto mais conhecimento adquire-se em diferentes idiomas, mais cantidade de informação é armazenada em áreas diferentes, longe das áreas reservadas para a linguagem: a informação não só é preservada na forma de palavras, mas em outras formas, tais como imagens. As pessõas multilingues pode já não lembrar em que língua eles aprenderam certas coisas - por exemplo, eles podem se esquecer depois de um tempo em particular se lerem um artigo específico ou viram um filme, em Francês, Alemão, ou Inglês.

"Understanding the Brain", The Birth of a Learning Science, 2007, page 118

sábado, 31 de dezembro de 2011

As Crianças Só Aprendem "Bem" Uma Língua? (2)

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As Crianças Só Aprendem "Bem" Uma Língua? (2)
As Crianças Bilíngües Desenvolvem Menos Sua “Inteligência”?

Os mitos surgem de uma combinação de fatores. Já que a língua é importante culturalmente e politicamente, essas considerações imaginativas baseiam-se em numerosos argumentos, incluindo resultados de pesquisas do cérebro, para favorecer a língua "Oficial" em detrimento de outras línguas.



Certas observações médicas têm desempenhado seu papel: os casos de pacientes bilíngües ou multilíngües que depois de um traumatismo craniano esquecem completamente uma língua e não em todos os outros idiomas, ajudou a promover a idéia de que as línguas ocuparam áreas separadas no cérebro.



Em estudos realizados no início do século 20, constatou-se que as pessoas bilíngües tinham "inteligência" inferior, estas pesquisas foram realizadas com metodologias defeituosas, baseados principalmente em crianças migrantes que muitas vezes eram subnutridas e em difíceis condições culturais e sociais.


Os protocolos deveriam haver considerado que muitas destas crianças tinham começado a aprender a língua do país de acolhimento em torno da idade de 5, 6 ou depois dessa idade, e, sem um forte domínio da linguagem do pais onde migraram, eles iam a ter problemas de aprendizagem de outras disciplinas. Em suma, não podemos comparar significativamente a “inteligência” das crianças monolíngües nativas, que muitas vezes vêm de famílias acomodadas, com a "inteligência" das crianças multilíngües que vêm de uma família com conhecimentos limitados da língua dominante e que vivem em meios desfavorecidos.

"Understanding the Brain", The Birth of a Learning Science, 2007, page 118

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

As Crianças Só Aprendem "Bem" Uma Língua? (1)

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As Crianças Só Aprendem "Bem" Uma Língua? (1)

O Cérebro Duma Criança Pequena Só Tem a Capacidade Para Aprender Um Idioma De Cada Vez?

Hoje, a metade da população mundial fala pelo menos duas línguas e o multilinguismo é geralmente considerado uma qualidade valiosa e útil. Ainda por largo periodo de tempo, muitos acreditaram que aprender uma nova língua é problemático para o aprendizado da língua nativa.

Superstições como esta se resistem a desaparecer e muitas vezes estão baseadas em falsas ideias de como funciona a linguagem no cérebro. Um mito é que quanto mais se aprende uma nova linguagem, necessariamente se perde a outra.

Outro mito imagina que as duas línguas ocupam áreas separadas do cérebro, sem pontos de contacto, como tal que os conhecimentos adquiridos em uma língua não podem ser transferidos para a outra.




A partir dessas idéias, foi suposto que a aprendizagem simultânea de duas línguas durante a infância criaria uma mistura das duas línguas no cérebro e retardaria o desenvolvimento da criança. A inferência falsa é que a língua nativa teve que ser aprendida "corretamente" antes de começar o aprendizado de outra língua.
"Understanding the Brain", The Birth of a Learning Science, 2007, page 118

sábado, 1 de outubro de 2011

Temos Dois Cérebros? (5)

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"Existe Um Cérebro Esquerdo e Outro Cérebro Direito?” (5)
Não, Nenhuma Evidência Científica Confirma Isto


De fato, Nenhuma Evidência Científica indica uma correlação entre o grau de criatividade e a atividade do Hemisfério Direito. Uma recente análise de 65 estudos de Imagens Cerebrais e o processamento das emoções conclui que dito trabalho não pode ser associado Exclusivamente com o hemisfério direito. Da mesma forma, Não Existe Evidência Científica que Confirme a idéia de que a análise e a lógica dependem do Hemisfério Esquerdo, ou que o hemisfério esquerdo é o assento especial para a aritmética ou a leitura. Dehaene (1997) descobriu que os dois hemisférios estão ativos na identificação de numerais arábicos (por exemplo: 1 ou 2 ou 5).







Outros estudos mostram que quando os componentes de processos de leitura são analisados ​​(por exemplo: a interpretação das palavras escritas ou o reconhecendo dos sons, processos de nível superior; assim como a leitura de um texto), Subsistemas dos Dois Hemisférios São Ativados.





Mesmo uma capacidade associada essencialmente com o hemisfério direito - a interpretação das relações espaciais - prova ser da Competência dos Dois Hemisférios; Apesar disso, de uma maneira diferente em cada caso. O hemisfério esquerdo é mais hábil na interpretação "categórica" das relações espaciais (por exemplo: arriba / abaixo ou direita / esquerda), enquanto o hemisfério direito é mais hábil na codificação métrica das relações espaciais (ou seja, a avaliação de distâncias contínuas).





Ainda mais as Imagens Cerebrais mostraram que nestes dois casos específicos, áreas de ambos hemisférios são ativados e trabalham juntos. Talvez, a mais surpreendente descoberta é que o hemisfério dominante para a linguagem não está necessariamente ligada para a lateralidade direita ou esquerda, como se pensava. A idéia generalizada é que pessoas destras têm a sua área cerebral da linguagem no lado esquerdo do cérebro e vice-versa; mas o 5% dos destros têm as principais áreas relacionadas à linguagem no hemisfério direito, e quase um terço das pessoas canhotas os têm localizado no hemisfério esquerdo.








Com base nos últimos estudos, portanto, os cientistas pensam que os hemisférios do cérebro não funcionam separadamente, eles trabalham em conjunto para todas as tarefas cognitivas, mesmo se existem assimetrias funcionais. Como um sistema altamente integrado, é raro que uma parte do cérebro funciona individualmente. Existem algumas tarefas - como reconhecer rostos e produzir discurso - que são dominados por um hemisfério dado, mas a maioria requer que os dois hemisférios trabalhem ao mesmo tempo.

Tudo isto invalida o conceito que temos um "cérebro esquerdo" e outro "cérebro direito". Mesmo que eles podem ter trazido algum benefício através do apoio da diversificados métodos de ensino; contudo, a classificação dos alunos ou as culturas de acordo com um hemisfério cerebral dominante é altamente duvidosa cientificamente; potencialmente perigosa socialmente, assim como fortemente questionável eticamente. É, portanto, um mito a evitar.

"Understanding the Brain", The Birth of a Learning Science, 2007, page 117